quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mais uma para a conta.

Escrito por José Carlos Silva

CANTANHEDE

Câmara anula contrato-
-promessa de compra
e venda da antiga Cobai

O projecto tinha sido apresentado em Março de 2009, já lá vão quase dois anos. Com pompa, aliás! Na ocasião, o então “patrão” do Concelho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC/CCIC), Almeida Henriques e o presidente da Câmara de Cantanhede, João Moura, davam a conhecer os contornos do protocolo de colaboração entre estas duas entidades, no âmbito do qual a autarquia cedeu ao CEC o edifício da antiga fábrica Cobai, na zona industrial de Cantanhede. Este antigo edifício (que mais parece um castelo), iria ser transformado para passar a ser o “quartel-general” do CEC e para acolher a instalação do novo Centro de Formação e Inovação Empresarial de Cantanhede, além de um conjunto de entidades e serviços que, disse na ocasião o então presidente do CEC, Almeida Henriques, «contribuirão para o reforço da dinamização da estrutura socioeconómica e fixação de pessoas», no concelho de Cantanhede.
Ora, acontece que, dois anos depois da apresentação do projecto, o edifício Cobai mantêm-
-se ao abandono e, pior, a Câmara de Cantanhede acaba de anular o contrato-promessa de compra e venda celebrado com a Sociedade Águas Claras Construção, SA. O anúncio da resolução deste contrato-programa vai, aliás, ser oficializado pelo próprio presidente da Câmara na próxima sessão pública da Assembleia Municipal, a realizar na próxima semana, apurou o Diário de Coimbra.
Face à decisão, o nosso Jornal tentou saber junto da Câmara os motivos que levaram à resolução do contrato-promessa, porém, fonte da autarquia por nós contactada foi parca nas explicações.
«A resolução do contrato de promessa de compra e venda dos terrenos e antigas instalações da Cobai insere-se nas medidas de reprogramação dos investimentos que a autarquia tem vindo a adoptar para fazer face aos efeitos da crise, nomeadamente a redução das receitas», avança aquela fonte.
Em todo o caso, adianta, «isso não significa o abandono do projecto do Centro de Formação e Inovação Empresarial». O que acontece, advoga, «é que nesta altura não há condições para efectuar o investimento e como alguns dos nossos parceiros no projecto tiveram também de fazer uma reprogramação do “timing” para avançarem com a sua parte do projecto, a Câmara Municipal considerou que seria oportuno perspectivá-lo noutros termos», não avançando mais pormenores.

Panóplia de entidades
e serviços
Além de sede do CEC, recorde-se, a requalificação da antiga fábrica previa a instalação de um conjunto de entidades e serviços que, conforme revelou João Moura aquando da apresentação do projecto, iriam contribuir «para o reforço e dinamização da estrutura socioeconómica» do concelho de Cantanhede.
Além de passar a ser o “quartel-general” do CEC (que deixaria Coimbra), previa-se, por exemplo, que a antiga fábrica iria acolher o Centro Venture da Entreprise Europe Network, a Agência de Desenvolvimento Regional WinCentro, uma Incubadora de Empresas, um Centro de Excelência para a promoção do empreendedorismo e inovação, além de espaços e salas polivalentes para a dinamização de eventos de cariz nacional e regional, entre outras entidades.

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