domingo, 6 de fevereiro de 2011

E assim vai o Poder Máximo entregue ao Pessoal Mínimo.

Empregos e… Boa Educação

Há certas coisas que me intrigam de tal modo que me levam a pensar se de facto estamos ou não a viver momentos de crise laboral como os que são apregoados.

Por norma, e também porque em momentos de crise como o que atravessamos, a escolha das pessoas que concorrem a determinados postos abundam de tal maneira que a dificuldade é de facto escolher os melhores.

Por outro lado, os escolhidos tudo fazem para merecer o lugar para o qual concorrem, tanto no decorrer do concurso, como depois de serem colocados.

No caso que aqui apresento, não sei qual foi a forma de escolha. Também não sei quantos foram os candidatos. O que sei é que antes nunca fui acolhido pela ex-funcionária como o fui agora.

Por incrível que pareça, colocam-se pessoas em atendimentos ao público, em organismos também públicos que, para além de não saberem minimamente o que estão a fazer, ainda têm a “lata” de dizerem ao utente “eu estou aqui para ajudar”.

Ajudar quem? Pelo pouco que eu vi (e foram pouco mais que dez minutos), arrogância e falta de educação foi coisa que não faltou na pessoa que se encontrava do lado de dentro do balcão. Poderia eventualmente estar zangada por algo que terá corrido menos bem na sua vida pessoal (digo isto porque foi logo da manhã) mas, problemas pessoais não podem nem devem ser transportados para o local de trabalho e vice-versa.

O facto é que o utente não tem culpa e não pode ser tratado de qualquer maneira.

Algumas regras de bom atendimento não são demasiado dispendiosas e, até se necessário, disponibilizar-me-ei gratuitamente para em duas ou três horas tentar mudar alguns modos porque, por algumas “conversas de caserna”, já não fui a primeira vítima.

Como já certamente o leitor entendeu, tratou-se de uma deslocação minha à Junta de Freguesia de Febres e na qual fui atendido por uma funcionária nossa conterrânea, a qual, para além de estar mal informada (mas eu penso que isso não é culpa só dela), quebrou algumas regras de conduta que em nada a abonam para ocupar o lugar em que se encontra.

O cliente, independentemente da sua raça, cor, crença, instrução, condição social ou ideologia, como manda a Constituição da República Portuguesa no seu Artigo 13º (da qual a funcionária em causa deve ter conhecimento, pois teve a mesma professora que eu e na mesma sala), deve ser atendido de acordo como mandam as boas regras de educação. Se de facto a pessoa está ali “para ajudar”, como fez questão de dizer, nunca poderá de seguida responder “não tenho nada a ver com isso, é um problema seu”.

Algumas destas regras aprendem-se em formações. Outras aprendem-se na vida, no dia-a-dia. Mas uma coisa é certa. Em atendimento ao público e principalmente em locais públicos, como é o caso, as regras de boa educação são de facto as mais fundamentais.

Santos Silva

1 comentário:

  1. Há em todos os sítios uma ferramenta que está ao dispor dos utentes que se chama "livro de reclamações".

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